Esses dias de chuva são tão nostálgicos... bem, pra vocês eu não sei, mas pelo menos pra mim, eles deixam o dia mais alegre, estranho, eu sei, parece que o tempo passa mais devagar, as lembranças se tornam mais reais, mais... presentes....
E ao mesmo tempo que toda essa nostalgia é reconfortável, ela também incomoda, porque nos faz lembrar que somos tão volúveis quanto a chuva, deixamos saudades do mesmo jeito que o cheiro de terra molhada deixa da chuva... afinal, somos humanos, né?
O mais engraçado é que temos o costume de deixar saudades ainda quando estamos presentes, sem mais, sem menos, apenas estamos ali, mas estamos pensando em tudo, menos em aproveitar o momento com as pessoas que amamos.
A cada dia que passa, me convenço mais de que devemos falar menos, cara, isso evitaria tantas coisas... também percebi como somos egoístas, queremos o que amamos, como queremos amar... parece que sempre nossos sentimentos estão atrelados a uma ação oposta de mesma intensidade, né?
Talvez isso tudo faça sentido, ou não, quem sabe, talvez sejam palavras ao vento, ou não, talvez isso seja a verdade que escondemos de nós mesmos, talvez estejamos tapando o Sol com uma peneira.
Relutamos em aceitar que a vida nos prega peças, e como é cômodo ficar e aproveitar o conforto que a dor nos proporciona, “Alice pensou, será que agora que chorei esse rio, terei por castigo afogar-me nele? A dor tem seu feitiço, que geralmente se vira contra o enfeitiçado.”
Com o passar do tempo, percebemos que as experiências que tivemos e aquilo que aprendemos com elas que nos tornam fortes, e é isso que nos faz largar o egoísmo infantil e abraçar o amor compreensivo.
As vezes, não precisamos de muita coisa, só precisamos olhar o que está na nossa frente e entender, que pra fazer alguém feliz, as vezes temos que deixá-la ir, pode ser difícil, mas no final das contas, o que na vida é fácil?
Espero que possamos, a cada dia que passar, preservar as coisas mais simplórias.... porque vai ser dessa maneira que vamos mudar o mundo.
Uma vez eu vi uma coisa, boba, mas que me fez pensar, eu vi uma borboleta voando despreocupada no meio dos carros, até que uma hora um caminhão passou, deixando um vácuo que supostamente ia arrastar a borboleta e matá-la... só que não fio isso que aconteceu, ela continuou viva... (ta bom, mais alguma coisa sobre a borboleta vai ficar estranho ._.)
E isso me fez ver, que quando estamos firmes em Deus, nada vai nos abalar, nada vai nos tirar da rocha que é Cristo, por isso, como já falei uns posts atrás, devemos a cada dia que passar, cuidar mais do que somos do que aparentamos!
Fragmento de: Para Maria da Graça, Paulo Mendes Campos
Van Damme Galeno