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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Momentos

Tem momentos em nossas vidas que parece não ter muito sentido, uma camada de sépia inebriante encobre cada momento, tornando-os uma verdadeira eternidade, nos fazendo ficar presos em nossas próprias lembranças, sendo nós os únicos capazes de sair...
Essas coisas são estranhas, não se explicam nem avisam quando vão chegar, geralmente pegam a gente de guarda baixa, então o que fazer? Esperar e ver como a gente vai chegar no final de tudo isso, ou tentar esboçar uma reação?
Bem, pra reagir as essas situações, não têm uma receita de bolo, pelo simples fato, cada cabeça é um mundo... o meu problema não é o mesmo do seu, e vice-versa, então temos que cada um reagir de um jeito, a sua maneira...
O mais complicado de toda essa situação é que ela parece uma implosão, de dentro pra fora, são motivos que somente o responsável pela dor pode entender, e as vezes nem ele entende... A dor em si é completa, só precisa de alguém pra existir.

Man, isso é perigoso, mas nem tudo está perdido =D seus problemas acabaram... tá, não tão fácil assim, mas acabaram, tem um preço a ser pago, perseverança e fé, todas as duas coisas pesam, por isso Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estão cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei [...] Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” Mt 11. 28, 30

Ou seja, quem tira a gente dessas situações não são nossas forças, e sim Deus, não é fácil, voltou a dizer, dói, incomoda, mas isso não significa que não aprendemos nada ao longo do caminho...

E... se você é um daqueles que não acredita em Deus, tudo bem, vivemos num país livre, mas... como alguém consegue sair de um lugar que ninguém pode chegar a não ser o próprio “dono” da dor, e ele já se deixou se levar, como sairá?

Van Damme Galeno

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Far Far Away

Cara, sabe um daqueles dias que a gente ta sem imaginação, pois é né ._., tava afim de escrever algo engraçado, mas não faço a mínima idéia do que escrever, também não queria escrever um texto sério e crítico, então, acho que vou partir pra alguma história...
Era uma vez... huhum, quero dizer, um belo dia minha família foi convidada pra ir pra um aniversário em um interior, até aí tudo bem, depois de 5 horas de viagem num carro com cinco pessoas, pude sentir o mesmo que as sardinhas sentem, mas tudo bem.
Chegando lá, tava num calor de mais ou menos 40 graus, claro, eu quase morro lá, depois de um dia árduo de trabalho (fiquei o dia todo inerte no sofá), já tinha uma poça de suar em baixo de mim, mas nem tudo tava perdido tinha água, ainda podia tomar banho!
Cheguei empolgadão pra minha tia e perguntei:
- E aê tia, cadê o chuveiro?
- Hahahahha, hoje não é dia de água.
- WTF?!?!?!?!?! E como eu vô banhar?
- Já ouviu falar em tanque?
- Claro! (já tava começando a ficar desesperado com o que seria a próxima coisa que não teria) ._.
- Cadê o sabonete tia?
- Ô meu filho vai ter q ser com sabão, o sabonete acabou.
Excluindo alguns detalhes... Depois de ter banhado (tava parecendo uma roupa que tinha saído da maquina de lavar) nos se arrumamos e fomos lá pra festa de aniversário =D
Quando vejo, lá vem o cara que ia tocar na festa de aniversário, putz era de noite e o cara tava de óculos escuro, minha reação natural, comecei a rir e pensar comigo mesmo, fala serio cara, que diacho ele ta fazendo com um óculos escuros de noite?
Virei pro meu pai:
- Putz pai, olha só pra ele, que diacho ele ta fazendo com esse óculos?
- Ele é cego.
- ._.
Não preciso falar que depois disso eu quase não falei mais nada na festa?
Agora imaginem essa cena e sintam o que eu senti... no outro dia eu tava tranquilo andando pela rua, quando lá longe eu vejo uma BIZ amarela (acredite se quiser, meu monólogo foi mais ou menos assim:)
- Aquele não era o músico  de ontem e a mulher dele na garupa ? Nãoooo
- Gente, mas... parece ele...
- Caraaaaaa, é ele O.o!!!!
- WTF??!!! ELE TÁ VINDO NA MINHA DIREÇÃOOOOOOO
Foi tão desesperador não saber pra onde correr, mas to vivo e postando no blog, né uma alegria? =D
Van Damme Galeno

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Rain...

Esses dias de chuva são tão nostálgicos... bem, pra vocês eu não sei, mas pelo menos pra mim, eles deixam o dia mais alegre, estranho, eu sei, parece que o tempo passa mais devagar, as lembranças se tornam mais reais, mais... presentes....
E ao mesmo tempo que toda essa nostalgia é reconfortável, ela também incomoda, porque nos faz lembrar que somos tão volúveis quanto a chuva, deixamos saudades do mesmo jeito que o cheiro de terra molhada deixa da chuva... afinal, somos humanos, né?
O mais engraçado é que temos o costume de deixar saudades ainda quando estamos presentes, sem mais, sem menos, apenas estamos ali, mas estamos pensando em tudo, menos em aproveitar o momento com as pessoas que amamos.
A cada dia que passa, me convenço mais de que devemos falar menos, cara, isso evitaria tantas coisas... também percebi como somos egoístas, queremos o que amamos, como queremos amar... parece que sempre nossos sentimentos estão atrelados a uma ação oposta de mesma intensidade, né?
Talvez isso tudo faça sentido, ou não, quem sabe, talvez sejam palavras ao vento, ou não, talvez isso seja a verdade que escondemos de nós mesmos, talvez estejamos tapando o Sol com uma peneira.
Relutamos em aceitar que a vida nos prega peças, e como é cômodo ficar e aproveitar o conforto que a dor nos proporciona, “Alice pensou, será que agora que chorei esse rio, terei por castigo afogar-me nele? A dor tem seu feitiço, que geralmente se vira contra o enfeitiçado.”
Com o passar do tempo, percebemos que as experiências que tivemos e aquilo que aprendemos com elas que nos tornam fortes, e é isso que nos faz largar o egoísmo infantil e abraçar o amor compreensivo.
As vezes, não precisamos de muita coisa, só precisamos olhar o que está na nossa frente e entender, que pra fazer alguém feliz, as vezes temos que deixá-la ir, pode ser difícil, mas no final das contas, o que na vida é fácil?
Espero que possamos, a cada dia que passar, preservar as coisas mais simplórias.... porque vai ser dessa maneira que vamos mudar o mundo.
Uma vez eu vi uma coisa, boba, mas que me fez pensar, eu vi uma borboleta voando despreocupada no meio dos carros, até que uma hora um caminhão passou, deixando um vácuo que supostamente ia arrastar a borboleta e matá-la... só que não fio isso que aconteceu, ela continuou viva... (ta bom, mais alguma coisa sobre a borboleta vai ficar estranho ._.)
E isso me fez ver, que quando estamos firmes em Deus, nada vai nos abalar, nada vai nos tirar da rocha que é Cristo, por isso, como já falei uns posts atrás, devemos a cada dia que passar, cuidar mais do que somos do que aparentamos!
Fragmento de: Para Maria da Graça, Paulo Mendes Campos
Van Damme Galeno

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tempo

Como o tempo passa rápido! Ontem mesmo éramos crianças mergulhadas em nossas infâncias, brincando, tendo como única preocupação, a brincadeira que iríamos fazer amanhã, mas sempre com a incontrolável e inexplicável vontade de crescer...
E o mais engraçado em tudo isso é que, quando éramos crianças, queríamos ser adultos e quando nos tornamos adultos queremos voltar a ser crianças...
Isso é tão estranho, sempre parece que nunca estamos satisfeito com o que temos, parece que sempre queremos mais, e nessa ânsia por auto-satisfação atropelamos o hoje e vivemos sempre no ontem, e de bônus, perdemos o futuro.
“Começa a fazer suas estradas no hoje, pois o amanhã é incerto demais para fazer planos e o futuro, costuma cair em meio ao vão”, então, por que é tão difícil viver o hoje, esquecer as coisas que nos magoam, que nos entristecem?
Vai ver porque somos humanos, instintivamente temos uma imensa vontade de nunca ficar “por baixo”, isso não passa de orgulho disfarçado de senso de justiça... vivemos o ontem todos os dias porque não suportamos que o nosso orgulho seja pisado, e nunca aceitamos que os outros erram, sempre achamos que fomos os únicos a sairmos machucados...
“Não importa o quão delicada seja uma situação, ela sempre, pelo menos, tem dois lados”, já pensou quantas coisas poderiam ser evitadas se olhássemos uma situação por ambos os lados? Se fossemos mais compreensivos?
“Aprende que o tempo não é algo que volta atrás”, verdade, e nada que você fizer poderá apagar o passado, porém isso não significa que você não pode mostrar que não está arrependido e mudar o futuro...
“Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado”, então que tal termos mais cuidado antes de abrir a boca pra falar do passado ou da atitude de alguém, como Marthin Luther King disse, “Antes de falar um erro seu, avaliarei dez meus!”.
Fragmentos retirados de “O Menestrel” de Shakespeare.
Van Damme Galeno

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ventos de Mudança

Mais um ano se passou, risos, choros, abraços, emoções... tantas coisas se passaram, tantas pessoas passaram e no final de tudo isso, o que ficou?
Muitas coisas podem ter ficado em nossas mentes, muitos sentimentos reclusos em nossos limbos, que ficam vagueando obscuramente, se escondendo por trás de subterfúgios para não encararmos o que realmente perpassa por nossas mentes no final do ano...
Ao longo de tudo isso, pra alguns, o mundo desabou, para outras, a vida estava acabando de começar, ou recomeçar, mas o mais importante de tudo isso, é que, quão complexos somos, às vezes reclamamos tanto de tudo isso que nos circunda, mas na verdade, nada disso importa!
Prezamos por tantas coisas efêmeras, que quanto mais apertamos para que não saiam de nossos braços, mais elas escoam, e se tornam palavras ao vento...
Quantas promessas fazemos nessa época e não pretendemos, nem por um segundo, fazer jus a elas, na verdade, não passamos de meros fantoches iludidos, achando que temos vida própria, deixamo-nos levar pela euforia, pelos outros, por nossos medos... não percebemos que perdemos grande parte de nossa vida nos lamentando por coisas que não fizemos, perdendo a oportunidade de mudá-las, mas é tão fácil reclamar e achar que com essa maldita auto-piedade pode nos tornar mais dignos...
Ao passar do ano, olhamos pra trás e vemos pessoas que magoamos, e aí vem a frase de chavão, “nesse ano serei alguém melhor!”, e estampamos um belo, e hipócrita, sorriso, quando na verdade sentimos uma imensa raiva dentro de nós gritando pra sair... e mais uma vez não percebemos que esse sentimento é que vai estragar o ano que chegará...
A única solução é largar tudo isso, é esquecer os erros e magoas do passado, só lembrar do que nos trás alegria, viver esse ano como se todos os nossos fantasmas do ano passado não tivessem existido, dando-nos uma chance pra cometer novos erros, mas não mais os mesmos, fazermos novos acertos, sermos importantes pra alguém, nos permitir chorar e acabar com esse paradigma de que, “homem não chora”, nos permitir viver...
Por isso, já passou da hora de perdoar e ser perdoado, porque afinal, a raiva é um ciclo infindável, que só gerará mais raiva, até chegar em um ponto que não lembraremos mais por que temos raiva e por fim um ódio que existirá por si só, com total ausência de sentido... o perdão é recíproco, alivia, liberta... que o ano de 2011 seja diferente para todos nós!
Van Damme Galeno

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fugazes Intenções




Com o passar do tempo, percebemos que criamos mais um mundo nosso, do que vivemos no próprio que nos foi concedido, numa maneira desesperada de escapar da dor, do sofrimento que nos subjulga esse mundo.
E é engraçado como essa fuga nos transforma, alguns, em pessoas mais sonhadoras e esperançosas, outras, em amargas e frustradas por não conseguirem um mundo só seu, e ainda existem aquelas que ficam pressas em ambos os mundos, sendo privadas de suas esperanças por pensar tanto no futuro, que poderá ser amargo, sendo essa, a maior tortura que poderia ser implicada a alguém.
No caos cotidiano que nos engole como um Leviatã, nos submerge a uma sociedade cada vez mais superficial, nos provocando uma tempestade incrível de ideais, nos forçando a pensar em uma pergunta lacerante... Será eu o errado?
É difícil guardar nossos princípios e valores quando a cada dia que passa as situações tentam engoli-los de nós mesmos, sugando-nos o que temos de melhor, ou o que pensamos ter de melhor...
Como somos engraçados, buscando a cada dia que passa, vivê-los como se fossem os últimos, e quão perda de tempo é isso, qual o sentido em fazer coisas que só faríamos pela pressão e adrenalina dessa idéia, mais uma vez sendo levados e subjugados pelo sistema, pela massa, sem perceber o controle que nos é exercido e achando que somos originais...
Andamos com tanta pressa que esquecemos de olhar nos olhos das pessoas, de tocá-las, de senti-las, de pelo menos, fingirmos que acreditamos que elas são humanas...
Talvez só vamos dar valor ao que temos, quando tudo que amamos estiver longe de nós, e aí, hmpf, talvez seja tarde...
Se você realmente já amou alguém e quis protegê-la mais do que a si mesmo, sabe quão lacerante é ver essa pessoa ir embora, com suas próprias pernas, porque você não foi capaz de mostrar o que pensava, o que sentia...
Talvez se pararmos e procurarmos mudar nossas atitudes, talvez aí sim, mudemos alguma coisa, e se não mudar, mudaremos nós, talvez essa, a maior conquista...
Van Damme Galeno